OFICINA do MEL

A Oficina do Mel é a atividade pedagógica desenvolvida pelo Museu do Mel que visa proporcionar aos estudantes o conhecimento do mundo mágico e maravilhoso das abelhas. Direcionada a grupos que vão do ensino pré-escolar ao universitário, mas sempre dando atenção especial aos anos do ensino fundamental e médio, as apresentações e vivências são adaptadas à especificidade de cada grupo, conforme será descrito adiante.

A Oficina do Mel é dividida em três partes:

1ª Parte – VISITA AO MUSEU DO MEL …………..50 min

Acompanhado de um mediador habilitado, os estudantes vão conhecer a origem, a história, a

anatomia, o ciclo de vida, o comportamento e a organização social desses seres tão especiais, que são as abelhas. Aprenderão como as abelhas produzem o mel, a cera e a própolis e vão vai se encantar com as abelhas indígenas sem ferrão! Ao fim, saberão a importante função desses animais no equilíbrio ambiental, sendo um dos principais polinizadores naturais.

2ª Parte – VISITA AO APIÁRIO DE PRODUÇÃO…. 30 min

Usando moderno equipamento de proteção e acompanhado por apicultores experientes, o visitante vai poder ver de perto as abelhas. Abrindo as colmeias, descobrem nos favos, as larvas jovens e adultas, o mel e a própolis. Passa a reconhecer os habitantes da colmeia, as abelhas operárias, rainha e zangões.

3ª Parte – BENEFICIAMENTO DO MEL  ……………… 30 min

Dentro das unidades de beneficiamento do Entreposto de mel do Apiário Amigos da Terra, aprenderá sobre o processo de centrifugação, filtragem e envasamento do mel. Poderá provar o mel silvestre em favo, vencedor o Concurso Maravilhas Gastronômicas do Rio de Janeiro. Conhecerá ainda o que é a própolis, a produção do extrato de própolis e seus benefícios para a saúde.

Apontamentos e propostas por faixa de escolarização

– Educação infantil

Embora não se constitua em uma unidade curricular, espera-se da educação infantil que trabalhe ludicamente a cognição básica e a motricidade das crianças. Com linguagem simples, trabalhamos conceitos gerais, como escala (grande e pequeno), intergeracionalidade (passagem do tempo e inserção cultural em um grupo), sustentabilidade (uso responsável dos recursos naturais) etc. Além disso, conhecimentos básicos, como a “casinha” das abelhas e o processo básico de produção do mel são abordados.

– Ensino Fundamental – 1º Ciclo (1º ano ao 5º ano)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam objetivos do ensino fundamental. Através de nosso universo expositivo, possibilitamos aos professores relacionar a visitação com alguns desses objetivos gerais:

Dada à peculiar miscigenação das abelhas melíferas no Brasil, assuntos relativos à formação sócio-cultural brasileira são abordados, de modo a “contribuir para que os estudantes possam conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país”;

Ao falar da responsabilidade de todos nós perante a preservação do meio ambiente e sua fundamental importância para a vida no planeta, bem como da importância das abelhas na polinização e conseqüentemente, na manutenção de diversas espécies vegetais, o estudante pode “perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles”;

Ao utilizar de diversos meios de comunicação para trabalhar as camadas do conhecimento atreladas ao Museu do Mel, os

estudantes são estimulados a “utilizar as diferentes linguagens —verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias”, bem como a “saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos”;

Além disso, pelo diálogo constante entre mediador e estudantes, desenvolve-se a capacidade de “questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição e a capacidade de análise crítica”;

Em suma, a própria vivência de visitação ao Museu do Mel ajuda aos estudantes a “interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações”;

– Ensino Fundamental – 2º ciclo (6º ano ao 9º ano)

O segundo ciclo fundamental começa a tratar das disciplinas do conhecimento de maneira mais objetiva. O trabalho de

educação museal trata de seus temas de maneira interdisciplinar, não existindo separação por disciplinas durante a apresentação dos objetos no museu. No entanto, na interpretação desses objetos muitas vezes os professores serão capazes de relacionar alguns objetivos gerais de cada disciplina ao objeto apresentado. Ao analisar brevemente cada sugestão curricular, destacamos para cada disciplina, as seguintes possibilidades:

Em Língua portuguesa, destacamos a capacidade de “expressar-se apropriadamente em situações de interação oral diferentes daquelas próprias de seu universo imediato”, posto que a interação no universo museal possa se configurar como uma situação de interação oral diferente ao universo dos estudantes. Além disso, o estudo da comunicação corporal das abelhas possibilita a reflexão quanto “aos fenômenos da linguagem, particularmente os que tocam a questão da variedade lingüística”;

Em Matemática, destacamos que a organização da colméia em hexágonos, bem como a relação de escala entre o real (micro) e o representado (macro), “enfatizam a exploração do espaço e de suas representações e a articulação entre a geometria plana e espacial”, assim como estudo dos ciclos de desenvolvimento e das danças das abelhas, facilitam um “novo enfoque para o tratamento da álgebra, apresentando-a incorporada aos demais blocos de conteúdos, privilegiando o desenvolvimento do pensamento algébrico e não o exercício mecânico do cálculo”;

Em História, através da linha do tempo apresentada e das evidências de uso dos produtos de origem apícola desde a pré-história até os dias de hoje, bem como dos objetos e imagens que fazem referência ao passado da apicultura, destacamos “os compromissos e as atitudes de indivíduos, de grupos e de povos na construção e na reconstrução das sociedades, propondo estudos das questões locais, regionais, nacionais e mundiais, das diferenças e semelhanças entre culturas, das mudanças e permanências no modo de viver, de pensar, de fazer e das heranças legadas por gerações”. Em Geografia, a mesma linha do tempo auxilia na compreensão espacial do planeta, graças às referências constantes à formação da Terra, países e locais de relevância para história da apicultura e questões de preservação e integração consciente com meio;

Disciplinas como Artes e Educação física passam de maneira indireta pelo Museu do Mel na medida em que questões de nutrição podem ser abordadas ao falar do desenvolvimento das abelhas em uma colmeia e questões de representação e senso estético estejam latentes em nossa própria museografia.

Finalmente, as Ciências Naturais apresentariam vinculação mais clara com o universo expositivo do Museu do Mel. Seus eixos temáticos “Vida e Ambiente”, “Ser Humano e Saúde”, “Tecnologia e Sociedade” e “Terra e Universo” estão constantemente presentes no Museu do Mel, desde a formação do planeta e o surgimento da vida, das plantas e das flores, dos insetos e das abelhas e por fim, do Homem. Através dos estudos apresentados sobre a fisiologia e a sociedade das abelhas, além dos processos químicos e físicos de produção do mel e da taxonomia das abelhas entre os outros animais, contribuímos ativamente para o “entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino passivo, fundado na memorização de definições e de classificações sem qualquer sentido para o aluno”.

– Ensino Médio

No ensino médio, seguem-se os eixos disciplinares: Ciencias Humanas, Ciencias da Natureza, Linguagens e códigos.

Aqui, a divisão em eixos torna a vivência no Museu do Mel ainda mais significante, pois trabalha a interdisciplinariedade e a contextualização do conhecimento. Assim, os mesmos pontos destacados acima assumem maior complexidade e conceitos mais avançados podem ser abordados.

Processos químicos e físicos são detalhados na produção do mel pelas abelhas, bem como conceitos geométricos e espaciais são tratados de maneira mais analítica durante no processo de comunicação pela “dança“; a classificação taxonômica das abelhas é trabalhada de modo a contextualizar esse conhecimento como forma de classificar a espécie Apis Mellífera em meio às mais de cinco mil espécies de abelhas conhecidas; a habilidade de interpretação de texto e apropriação do conteúdo são exercitadas enquanto a visita se desenrola, por meio dos painéis de exposição com a linha do tempo e com a fisiologia e organização das abelhas; conceitos de genética são abordados ao tratar da reprodução das abelhas e das diferenças entre rainha, operárias e zangões, assim como ao tratar da polinização; questões de ecologia e sustentabilidade são levados ao jogo na abordagem do Distúrbio do Colapso das Colônias, suas causas e implicações, entre muitas outras maneiras de transversalizar o conhecimento disponibilizado pelo Museu do Mel.

-Ensino Superior

Para grupos universitários, nosso programa de visitação se assemelha mais ao programa educativo voltado os grupos turísticos, sendo mais generalista nos temas e mais especializado no teor das informações abordadas, sempre com a preocupação em integrar o curso que nos visita aos assuntos trabalhados. Assim, grupos de Nutrição, terão foco maior nos aspectos alimentícios, enquanto que grupos de Biologia ou Veterinária, terão maior ênfase nos aspectos da vida e organização das abelhas, por exemplo.

Abelhas nativas sem ferrão: Uruçu-amarela

Por fim, lembramos que a cada faixa de escolarização, estamos sempre abertos a parcerias e com diálogo, podemos tornar ainda mais rica e significativa a visita ao Museu do Mel e ao Apiário Amigos da Terra.

Participe de nossa Visita Técnica e venha conhecer melhor as possibilidades de trabalho em conjunto! Clique na imagem abaixo para realizar a pré-inscrição:

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Abelhas nativas sem ferrão: Jataí

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